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sábado, 8 de janeiro de 2011

SUPER XUXA CONTRA BAIXO ASTRAL

Aproveitando o gancho do post anterior e continuando a sessão nostalgia, acabei revendo Super Xuxa Contra Baixo Astral na íntegra, no youtube. Não façam isso em casa, crianças! Assistir filmes completos baixados da internet em Youtube (e afins) é a mesma porra que comprar DVD pirata no camelô! Mas confesso que acabei cometendo este pecado... Tudo para constatar se a minha teoria de que "os filmes da Xuxa decaíram demais de 25/30 anos para cá" estaria correta.

Bom... A meu ver, está. Mas volto a dizer: sou um baixinho suspeito que viu Super Xuxa Contra Baixo Astral um zilhão de vezes (muitas delas no cinema). Revendo o filme ontem, percebo que havia sim um compromisso (ou, ao menos, uma preocupação) com a qualidade. A começar pelo elenco. Não havia nenhuma "participação especial" como aquelas que rechearam o atual "Xuxa e os Duendes". Todos ali estavam porque eram totalmente aptos e competentes para atuar. Alguns menos conhecidos hoje, infelizmente, mas também outros que hoje ganharam um belo reconhecimento (e estes faziam apenas pontas no filme!). Mas meu maior destaque é Guilherme Karan, como Baixo Astral, meu vilão preferido. Karan, na época, fazia muito sucesso em novelas e programas de humor (era ele quem apresentava o TV Macho da TV Pirata). E levou este timing para o filme. Foi um belo contraponto para Xuxa que, por sua vez, só tinha (e precisava) oferecer sua popularidade infantil.

Aqui abro um parênteses necessário: falem bem, falem mal, mas a Xuxa É O MAIOR MITO já construído no Brasil. Maior que Pelé, Roberto Carlos e outros "reis". Quem acompanhou (e aproveitou) sua trajetória nos anos 80 sabe do que estou falando. Nunca vi outro artista brasileiro LOTAR um estádio de futebol como o Parque Antártica com um show solo. E é inegável que sua popularidade (ou "reinado") continua sólida, enquanto outras loiras (e algumas morenas) daquela onda foram se perdendo no meio do caminho. Por isso, questionar a qualidade do que Xuxa fez ou deixou de fazer, a esta altura do campeonato, é inútil e contraditório.

Voltando ao filme, devo apontar um grande ponto negativo de Super Xuxa Contra Baixo Astral que, aliás, acredito que tenha sido mencionado pela crítica da época. O filme é sim um PLÁGIO de outro sucesso da década chamado "Labirinto - A Magia do Tempo". Assistam um e outro e vão notar várias semelhanças (talvez a mais descarada seja a lagarta Xixa e o Muro das Ilusões). Mas a direção e roteiro da estreante Anna Penido rechearam este "Big Mac" com outros ingredientes brasileiros, o que deu a este filme (acreditem) um toque de originalidade. A excelente direção de arte, a eficiente manipulação de bonecos, a deliciosa trilha (dos populares Sullivan & Massadas) fazem deste filme, de longe, o melhor da rainha dos baixinhos e, certamente, um dos melhores do cinema infanto-juvenil brasileiro.

Apesar dos pesares, considero Super Xuxa Contra Baixo Astral um bom filme e adoraria tê-lo em minha videoteca!

SUPER XUXA CONTRA BAIXO ASTRAL
(Super Xuxa Contra Baixo Astral)


Lançamento: 1988 (Brasil)
Direção: Anna Penido e David Sonnenschein
Elenco: Xuxa Meneghel, Guilherme Karan, Jonas Torres, Roberto Guimarães, Paolo Pacelli, Nair Amorim, Katia Moraes, Henriqueta Brieba, Tuca Andrada e Luiz Carlos Tourinho
Gênero: Infantil

SINOPSE:
Xuxa é uma apresentadora de televisão que convoca as crianças para colorirem os muros pichados da cidade. Enquanto isso, Baixo Astral, um ser demoníaco que vive nos esgotos da cidade, decide se vingar de Xuxa seqüestrando seu cachorro, Xuxo. Ela então sai em busca de Xuxo, indo parar em uma dimensão paralela, conhecida como Alto Astral.


Trecho de Super Xuxa Contra Baixo Astral (1988)


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