Esse é o primeiro filme oficial de Roger Moore como James Bond, mas não seu primeiro contato com o papel. Nove anos antes ele já havia representado o agente 007 de uma forma um tanto curiosa, porém, muito divertida. Era uma série de TV inglesa chamada "Mainly Millicent". Vejam:
Esse e outros valiosos videos fazem parte do material extra de Com 007 Viva e Deixe Morrer e já valem a compra ou aluguel do DVD.
Este é um filme de muitas estréias na série. Além da contratação de Roger Moore (que na realidade é o terceiro James Bond oficial, mas o primeiro a "quebrar a banca" de Sean Connery e roubar a preferência), é a primeira vez que vemos um homem interpretando a canção de abertura, talvez a mais famosa de toda a série: "Live and Let Die" cantada por Paul McCartney. Também é a primeira vez que James Bond traça uma bondgirl negra e enfrenta vilões negros, uma ousadia que chega a parecer uma resposta racista para uma época em que o cinema vivia em plena blaxploitation (movimento de grande produção cinematográfica direcionada exclusivamente ao público negro). De fato, são tantos vilões negros que a impressão que Com 007 Viva e Deixe Morrer passa é a de que todo negro está ligado, de alguma forma, ao grande vilão Dr. Kananga. É claustrofóbica a sensação de não poder confiar em nenhum personagem negro do filme, mesmo com alguns poucos trabalhando do lado de James Bond (até destes desconfiamos). Ou até mesmo pensar em Nova Orleans e seus tradicionais funerais embalados pelo jazz retratados por esta ótica:
Não sei se isso gerou alguma polêmica por parte da chamada "Consciência Negra" (perdoem-me as aspas, mas não levo a sério nenhum movimento que proponha a distinção de qualquer etnia, seja qual ela for) mas, apesar do estereótipo dado aos negros em Com 007 Viva e Deixe Morrer, com seu estilo pimp e toda a trama relacionada à magia negra, o filme tem um roteiro muito bem amarrado e direção competente dos veteranos da série, Tom Mankiewicz e Guy Hamilton, respectivamente.
Alguns poderão reclamar dos (de)feitos especiais, mas devemos lembrar que foi um filme de baixíssimo orçamento, produzido no início dos anos 70, e que estamos falando de James Bond! A criatividade de Mankiewicz e Hamilton, aliada à experiência do coordenador de dublês Ross Kananga, deram a esta aventura cenas dignas de 007, feitas realmente, sem truques de CGI ou bonecos. Um ótimo exemplo é a cena dos crocodilos (para quem não sabe, é Ross Kananga quem salta pela cabeça de seus "bichinhos-de-estimação"). Vejam a "brincadeirinha":
Feitos como esse fazem de Com 007 Viva e Deixe Morrer, sem dúvida nenhuma, um dos melhores filmes da série!
COM 007 VIVA E DEIXE MORRER
(Live and Let Die)
Lançamento: 1973 (Inglaterra)
Direção: Guy Hamilton
Elenco: Roger Moore, Yaphet Kotto, Jane Seymour, Julius Harris, Geoffrey Holder, David Hedison, Gloria Hendry, Bernard Lee, Lois Maxwell e Clifton James
Gênero: Aventura
SINOPSE:
Três agentes britânicos são mortos no mesmo dia, ao investigarem o contrabando de drogas, com os assassinatos estando ligados a um chefão do crime do Harlem e a um diplomata internacional. 007 vai investigar o caso e, ao chegar em Nova York, quase é morto por um capanga que trabalha para o chefão do Harlem. Mas, ao iniciar suas investigações, logo o agente inglês descobre uma trama para colocar dois bilhões de dólares em heroína no mercado americano.
Trailer de Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973)
Minha Modesta Opinião
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
COM 007 VIVA E DEIXE MORRER
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sábado, 15 de janeiro de 2011
XUXA E OS DUENDES 2 - NO CAMINHO DAS FADAS
Geralmente a emenda é pior que o soneto, já dizia o ditado. Mas em se tratando de "Xuxa e os Duendes" isso é praticamente impossível de acontecer, já que aquele abacaxi foi uma das piores coisas que já vi na minha vida. Portanto, me armei até os dentes para assistir esta continuação, sempre me perguntando "por que investem tanto em porcaria?"... POIS PAGUEI A MINHA LÍNGUA! Estou surpreso! Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas é anos-luz superior ao seu antecessor! A ponto de (quase) atingir o nível de "Super Xuxa Contra Baixo Astral". "Quase" porque, como podem ler nos meus posts anteriores, sou fã suspeito de "Super Xuxa".
Mas vamos lá... Tudo que erraram no original, a direção e a produção acertaram em cheio no Xuxa e os Duendes 2. A começar pelo elenco. Desta vez, sem aquelas participações especiais de "celebridades metidas a artistas", grandes responsáveis pela destruição em massa do filme anterior, a produção aposta em experientes nomes de nosso teatro e TV. Figuras como Vic Militello, Cristina Pereira, Luiz Carlos Tourinho e Zezé Motta são os grandes destaques. Outros mais na linha do "gosto duvidoso", como Vera Fisher e Luciano Szafir, até que estão bem, no sentido de "não comprometer". O humor certeiro fica por conta da ótima Cláudia Rodrigues, e também por Tadeu Mello, que fez o original mas nessa seqüência ganhou mais destaque. Outros do original que foram mantidos: Emiliano Queiroz, Zilka Salaberry, Guilherme Karan e, infelizmente, Ana Maria Braga e David Brazil, mas estes também "não comprometem" pois aparecem pouquíssimo (graças a Deus). Sobrou até uma pontinha para Suzana Vieira bem no finalzinho, dando indícios de mais uma seqüência que, pelo visto, não vingou.
Com todos esses pesos-pesados (e algumas penas) à disposição, a direção tem um prato cheio para se servir. E parece acertar a mão, dando a cada um o seu momento de brilho, a sua função muito bem delimitada na trama. E não só em relação ao elenco, mas também os outros departamentos: roteiro, direção de arte, fotografia, efeitos etc. Xuxa e os Duendes 2 me deu a impressão de um ótimo equilíbrio e acabamento. E funciona muito bem com o público infanto-juvenil, o que é o mais importante.
Então o filme é bom? Péra lá, também não vamos exagerar... Em comparação com o anterior, sem dúvida nenhuma! Mas devemos lembrar que é um filme da Rainha dos Baixinhos e, como tal, está impregnado de muita pieguice misturada a um comercialismo desenfreado. Não, eu não sou um desses idiotas que acham que comercialismo e arte não combinam. Combinam muito, sobretudo num País cuja produção cultural depende quase que exclusivamente do investimento privado. Mas um pouco de compostura não faz mal a ninguém, e Hollywood prova isso com seus muito bem dosados merchandisings. Xuxa e os Duendes 2, por sua vez, peca pelo excesso e nos enfia goela abaixo uma cena inteira dedicada a seu grande patrocinador (que não vou dizer aqui quem é... hahahaha).
Além disso, o que esse filme aprofunda no comercial, ele deixa de fazer em cenas relevantes da trama. E isso empobrece o que há de melhor, que é o elenco. Como na (que deveria ser) cena clímax, onde a "turminha do bem" finalmente invade o castelo das bruxas e poderíamos ver o grande "duelo final", como em todos os contos-de-fadas. Aqui seria o grande momento de fortalecer os heróis e vilões, como a excelente Betty Lago. Mas tudo vai ficando tão fácil, acessível e raso, que o "temido" castelo das bruxas fica parecendo mais a casa da mãe Joana. Só faltava a bruxa-mor convidar-lhes para um chá. Uma pena, mas o que fica é uma sensação de "agora vai mas não foi".
XUXA E OS DUENDES 2 - NO CAMINHO DAS FADAS
(Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas)
Lançamento: 2002 (Brasil)
Direção: Paulo Sérgio de Almeida e Rogério Gomes
Elenco: Xuxa Meneghel, Luciano Szafir, Betty Lago, Cristina Pereira, Vic Militello, Karen Accioly, Debby, Tadeu Mello, Luiz Carlos Tourinho, Guilherme Karan, Cláudia Rodrigues, Zezé Motta, Vera Fisher, Deborah Secco, Thiago Fragoso, Zilka Salaberry, Emiliano Queiroz, Ana Maria Braga, David Brazil e Suzana Vieira
Gênero: Infantil
SINOPSE:
Kira, a botânica que é também filha de duendes, precisa combater a poderosa bruxa má Algaz. Para combatê-la Kira terá a ajuda de Epifânia, a bruxa do bem, do elfo Dáfnis e ainda da Rainha Dara, a fada mãe.
Trailer de Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas (2002)
Mas vamos lá... Tudo que erraram no original, a direção e a produção acertaram em cheio no Xuxa e os Duendes 2. A começar pelo elenco. Desta vez, sem aquelas participações especiais de "celebridades metidas a artistas", grandes responsáveis pela destruição em massa do filme anterior, a produção aposta em experientes nomes de nosso teatro e TV. Figuras como Vic Militello, Cristina Pereira, Luiz Carlos Tourinho e Zezé Motta são os grandes destaques. Outros mais na linha do "gosto duvidoso", como Vera Fisher e Luciano Szafir, até que estão bem, no sentido de "não comprometer". O humor certeiro fica por conta da ótima Cláudia Rodrigues, e também por Tadeu Mello, que fez o original mas nessa seqüência ganhou mais destaque. Outros do original que foram mantidos: Emiliano Queiroz, Zilka Salaberry, Guilherme Karan e, infelizmente, Ana Maria Braga e David Brazil, mas estes também "não comprometem" pois aparecem pouquíssimo (graças a Deus). Sobrou até uma pontinha para Suzana Vieira bem no finalzinho, dando indícios de mais uma seqüência que, pelo visto, não vingou.
Com todos esses pesos-pesados (e algumas penas) à disposição, a direção tem um prato cheio para se servir. E parece acertar a mão, dando a cada um o seu momento de brilho, a sua função muito bem delimitada na trama. E não só em relação ao elenco, mas também os outros departamentos: roteiro, direção de arte, fotografia, efeitos etc. Xuxa e os Duendes 2 me deu a impressão de um ótimo equilíbrio e acabamento. E funciona muito bem com o público infanto-juvenil, o que é o mais importante.
Então o filme é bom? Péra lá, também não vamos exagerar... Em comparação com o anterior, sem dúvida nenhuma! Mas devemos lembrar que é um filme da Rainha dos Baixinhos e, como tal, está impregnado de muita pieguice misturada a um comercialismo desenfreado. Não, eu não sou um desses idiotas que acham que comercialismo e arte não combinam. Combinam muito, sobretudo num País cuja produção cultural depende quase que exclusivamente do investimento privado. Mas um pouco de compostura não faz mal a ninguém, e Hollywood prova isso com seus muito bem dosados merchandisings. Xuxa e os Duendes 2, por sua vez, peca pelo excesso e nos enfia goela abaixo uma cena inteira dedicada a seu grande patrocinador (que não vou dizer aqui quem é... hahahaha).
Além disso, o que esse filme aprofunda no comercial, ele deixa de fazer em cenas relevantes da trama. E isso empobrece o que há de melhor, que é o elenco. Como na (que deveria ser) cena clímax, onde a "turminha do bem" finalmente invade o castelo das bruxas e poderíamos ver o grande "duelo final", como em todos os contos-de-fadas. Aqui seria o grande momento de fortalecer os heróis e vilões, como a excelente Betty Lago. Mas tudo vai ficando tão fácil, acessível e raso, que o "temido" castelo das bruxas fica parecendo mais a casa da mãe Joana. Só faltava a bruxa-mor convidar-lhes para um chá. Uma pena, mas o que fica é uma sensação de "agora vai mas não foi".
XUXA E OS DUENDES 2 - NO CAMINHO DAS FADAS
(Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas)
Lançamento: 2002 (Brasil)
Direção: Paulo Sérgio de Almeida e Rogério Gomes
Elenco: Xuxa Meneghel, Luciano Szafir, Betty Lago, Cristina Pereira, Vic Militello, Karen Accioly, Debby, Tadeu Mello, Luiz Carlos Tourinho, Guilherme Karan, Cláudia Rodrigues, Zezé Motta, Vera Fisher, Deborah Secco, Thiago Fragoso, Zilka Salaberry, Emiliano Queiroz, Ana Maria Braga, David Brazil e Suzana Vieira
Gênero: Infantil
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Kira, a botânica que é também filha de duendes, precisa combater a poderosa bruxa má Algaz. Para combatê-la Kira terá a ajuda de Epifânia, a bruxa do bem, do elfo Dáfnis e ainda da Rainha Dara, a fada mãe.
Trailer de Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas (2002)
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007 CONTRA O FOGUETE DA MORTE
Sem dúvida alguma, o personagem mais bem sucedido de toda a história do cinema é James Bond, o agente 007. Não é preciso ser nenhum expert para reconhecer o sucesso desta série cinematográfica que, baseada na obra de Ian Fleming, acumula já mais de vinte seqüências desde a década de 50! E ver um novo caso sendo resolvido pelo "coroa pegador", independente da ordem cronológica ou de seu atual intérprete, é sempre diversão garantida.
Adoro os clichés que aparecem em seus filmes, os vilões maquiavélicos, as armas malucas, as aberturas cafonas, as bondgirls (quase sempre dubladas) com caras de Palito Gina e, sobretudo, o humor sutil e irônico. Só por isso já vale dizer que esta (e qualquer) seqüência é recomendada e obrigatória! É um universo tão característico que só em filmes de 007 mesmo poderíamos permitir (e esperar) cenas surreais como essa:
007 Contra o Foguete da Morte certamente não é dos melhores da série, e a razão disso é o exagero do humor fácil demais. Há muitas piadinhas infantis que podem dar uma sensação de patético em algumas cenas, como no momento em que Jaws arruma uma "namoradinha", ou numa outra passagem em que Bond anda a cavalo (usando "poncho" no Rio de Janeiro!!!) e ouvimos uma trilha que praticamente parodia o jingle do Marlboro, um dos patrocinadores do filme. Mas, apesar desses pequenos desastres que tornaram esta seqüência um dos maiores fiascos de toda a série, considero ainda um bom filme que cumpre o seu papel e traz o segundo melhor intérprete do agente 007. Na minha modesta opinião, Roger Moore só perde para Sean Connery.
007 CONTRA O FOGUETE DA MORTE
(Moonraker)
Lançamento: 1979 (Inglaterra/França)
Direção: Lewis Gilbert
Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale, Richard Kiel, Corinne Clery, Bernard Lee, Geoffrey Keen, Desmond Llewelyn e Lois Maxwell
Gênero: Aventura
SINOPSE:
Um avião carregando um foguete espacial sofre um acidente, mas quando o Serviço Secreto Britânico vai examinar os destroços não encontra nenhum vestígio da espaçonave. Assim, 007 tem a missão de investigar o caso e começa indo visitar o multimilionário que construiu a aeronave e tem idéias bastantes estranhas de qual deva ser o destino da raça humana.
Trailer de 007 Contra o Foguete da Morte (1979)
Adoro os clichés que aparecem em seus filmes, os vilões maquiavélicos, as armas malucas, as aberturas cafonas, as bondgirls (quase sempre dubladas) com caras de Palito Gina e, sobretudo, o humor sutil e irônico. Só por isso já vale dizer que esta (e qualquer) seqüência é recomendada e obrigatória! É um universo tão característico que só em filmes de 007 mesmo poderíamos permitir (e esperar) cenas surreais como essa:
007 Contra o Foguete da Morte certamente não é dos melhores da série, e a razão disso é o exagero do humor fácil demais. Há muitas piadinhas infantis que podem dar uma sensação de patético em algumas cenas, como no momento em que Jaws arruma uma "namoradinha", ou numa outra passagem em que Bond anda a cavalo (usando "poncho" no Rio de Janeiro!!!) e ouvimos uma trilha que praticamente parodia o jingle do Marlboro, um dos patrocinadores do filme. Mas, apesar desses pequenos desastres que tornaram esta seqüência um dos maiores fiascos de toda a série, considero ainda um bom filme que cumpre o seu papel e traz o segundo melhor intérprete do agente 007. Na minha modesta opinião, Roger Moore só perde para Sean Connery.
007 CONTRA O FOGUETE DA MORTE
(Moonraker)
Lançamento: 1979 (Inglaterra/França)
Direção: Lewis Gilbert
Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale, Richard Kiel, Corinne Clery, Bernard Lee, Geoffrey Keen, Desmond Llewelyn e Lois Maxwell
Gênero: Aventura
SINOPSE:
Um avião carregando um foguete espacial sofre um acidente, mas quando o Serviço Secreto Britânico vai examinar os destroços não encontra nenhum vestígio da espaçonave. Assim, 007 tem a missão de investigar o caso e começa indo visitar o multimilionário que construiu a aeronave e tem idéias bastantes estranhas de qual deva ser o destino da raça humana.
Trailer de 007 Contra o Foguete da Morte (1979)
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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
AMERICAN PIE - O ÚLTIMO STIFLER VIRGEM
Se o anterior mostrava que era sim possível fazer uma seqüência no home video a altura da franquia original produzida para o cinema, nesta continuação a torta americana estragou. American Pie - O Último Stifler Virgem é uma bomba! Carregado de preconceito e escatologia desnecessários, o roteiro de Erik Lindsay cria tal antipatia com seu espectador, que só pode agradar mesmo uma meia dúzia de babacas pingados que existem por aí.
Jogaram fora a chance de aproveitar o desvio de trama muito bem feito no filme anterior, o foco nos Stifler, desvirtuando a essência desse "mito" do universo American Pie. A idéia de um Stifler virgem, uma ovelha negra na família, a princípio, seria boa para a seqüência. E o ator John White, pra lá de sem sal, cumpre bem esse papel. Mas o grande problema é Steve Talley, que faz Dwight Stifler, o que seria um "puro-sangue" da família. Seria, mas não é. O bom Stifler, eternizado Seann William Scott (como Steve) e bem substituído por Tad Hilgenbrink (como Matt) é um comedor metido a babaca que, desprezado pelos colegas, só se fode. O Stifler atual, vivido por Talley numa interpretação extremamente caricata e forçada, virou rei. Esse é o equívoco. Endeusar as atitudes de um Stifler sem submetê-lo a uma provação (sim, isso também existe em pornochanchadas adolescentes) trouxe vazio à série American Pie. E isso realça ainda mais a antipatia e o preconceito desse roteiro, que não poupa nem os anões. Não defendo que temas delicados como esse não devam ser tratados com humor (bons exemplos como "Austin Power" estão aí para provar isso), mas há limites e eles foram ultrapassados. Não sei como o ótimo Jordan Prentice aceitou se submeter a isso.
Pouca coisa tem graça nesta seqüência, e só consigo destacar uma cena boa mas, infelizmente, muito mal executada... O campeonato "peso-pesado de pau duro". Colocar dois caras que tomam estimulante sexual (achando que é ecstasy) para rebater bolinhas de ping-pong com seus próprios "tacos" de baseball é DIGNO de American Pie. Talvez seja a única coisa interessante desta seqüência, apesar de vulgar. Nem mesmo Eugene Levy, muito mal-aproveitado aqui, consegue se salvar. Suas poucas piadas se resumem àquelas já apresentadas em trailer. Um desperdício!
AMERICAN PIE - O ÚLTIMO STIFLER VIRGEM
(American Pie Presents the Naked Mile)
Lançamento: 2006 (Canadá/EUA)
Direção: Joe Nussbaum
Elenco: John White, Jake Siegel, Ross Thomas, Jessy Schram, Steve Talley, Jordan Prentice, Dan Petronijevic e Eugene Levy
Gênero: Comédia
SINOPSE:
Erik Stifler, primo de Matt e Steve, deseja perder a virgindade antes de concluir o colégio. Desejando ajudá-lo, seus amigos decidem incentivá-lo a participar da "Milha Nua", uma tradicional corrida em que as pessoas correm peladas pelo campus de uma faculdade.
Trailer de American Pie - O Último Stifler Virgem (2006)
Jogaram fora a chance de aproveitar o desvio de trama muito bem feito no filme anterior, o foco nos Stifler, desvirtuando a essência desse "mito" do universo American Pie. A idéia de um Stifler virgem, uma ovelha negra na família, a princípio, seria boa para a seqüência. E o ator John White, pra lá de sem sal, cumpre bem esse papel. Mas o grande problema é Steve Talley, que faz Dwight Stifler, o que seria um "puro-sangue" da família. Seria, mas não é. O bom Stifler, eternizado Seann William Scott (como Steve) e bem substituído por Tad Hilgenbrink (como Matt) é um comedor metido a babaca que, desprezado pelos colegas, só se fode. O Stifler atual, vivido por Talley numa interpretação extremamente caricata e forçada, virou rei. Esse é o equívoco. Endeusar as atitudes de um Stifler sem submetê-lo a uma provação (sim, isso também existe em pornochanchadas adolescentes) trouxe vazio à série American Pie. E isso realça ainda mais a antipatia e o preconceito desse roteiro, que não poupa nem os anões. Não defendo que temas delicados como esse não devam ser tratados com humor (bons exemplos como "Austin Power" estão aí para provar isso), mas há limites e eles foram ultrapassados. Não sei como o ótimo Jordan Prentice aceitou se submeter a isso.
Pouca coisa tem graça nesta seqüência, e só consigo destacar uma cena boa mas, infelizmente, muito mal executada... O campeonato "peso-pesado de pau duro". Colocar dois caras que tomam estimulante sexual (achando que é ecstasy) para rebater bolinhas de ping-pong com seus próprios "tacos" de baseball é DIGNO de American Pie. Talvez seja a única coisa interessante desta seqüência, apesar de vulgar. Nem mesmo Eugene Levy, muito mal-aproveitado aqui, consegue se salvar. Suas poucas piadas se resumem àquelas já apresentadas em trailer. Um desperdício!
AMERICAN PIE - O ÚLTIMO STIFLER VIRGEM
(American Pie Presents the Naked Mile)
Lançamento: 2006 (Canadá/EUA)
Direção: Joe Nussbaum
Elenco: John White, Jake Siegel, Ross Thomas, Jessy Schram, Steve Talley, Jordan Prentice, Dan Petronijevic e Eugene Levy
Gênero: Comédia
SINOPSE:
Erik Stifler, primo de Matt e Steve, deseja perder a virgindade antes de concluir o colégio. Desejando ajudá-lo, seus amigos decidem incentivá-lo a participar da "Milha Nua", uma tradicional corrida em que as pessoas correm peladas pelo campus de uma faculdade.
Trailer de American Pie - O Último Stifler Virgem (2006)
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
PONTE PARA TERABÍTIA
Fico sem palavras para tentar definir Ponte para Terabítia. Ao mesmo tempo que o acho sensacional, devo dizer que me senti extremamente incomodado em "ser puxado para terra firme" tantas vezes num filme que, segundo trailers, prometia fantásticas aventuras (no estilo de "As Crônicas de Nárnia"). Talvez essa infeliz jogada de marketing seja o único grande erro deste filme. Portanto, um aviso: não estamos em Nárnia, muito menos na Terra do Nunca. Estamos num lugar muito mais complexo e nada convidativo: a cabeça de um pré-adolescente.
Por essa razão, o livro de Katherine Paterson, adaptado para o cinema por David Paterson (seu filho) e Jeff Stockwell, parece um vai-e-vem insuportável, apesar de fascinante. Ponte para Terabítia nos leva para duas margens bem distintas, porém, próximas. Infância e adolescência. Imaginação e realidade. O contraste, propositalmente desconfortável, funciona para nos lembrarmos a todo momento o quanto o primeiro é importante para impulsionar o outro. Porém, a sensibilidade do diretor (até então) estreante Gabor Csupo nos permite transitar por essa ponte com segurança, de forma que possamos (depois de nos acostumarmos) reconhecer seus símbolos e viajar, junto com o garoto Jess, até sua maturidade e nossa catarse plena.
Aproveito para destacar o trabalho impecável de Josh Hutcherson (que interpreta Jess). Hutcherson (que me lembra muito Fred Savage) é um jovem "veterano" de filmes como "ABC do Amor" e "Zathura". A forma como esse garoto se entrega a seu papel, ao lado da também talentosa AnnaSophia Robb, é fundamental para que possamos realmente "fechar os olhos e abrir a mente" para Ponte para Terabítia.
PONTE PARA TERABÍTIA
(Bridge to Terabithia)
Lançamento: 2007 (EUA)
Direção: Gabor Csupo
Elenco: Josh Hutcherson, AnnaSophia Robb, Zooey Deschanel, Robert Patrick, Bailee Madison, Kate Butler e Lauren Clinton
Gênero: Drama
SINOPSE:
Jess Aarons sente-se um estranho na escola e até mesmo em sua família. Durante todo o verão ele treinou para ser o garoto mais rápido da escola, mas seus planos são ameaçados por Leslie Burke, que vence uma corrida que deveria ser apenas para garotos. Logo Jess e Leslie tornam-se grandes amigos e, juntos, criam o reino secreto de Terabítia, um lugar mágico onde apenas é possível chegar se pendurando em uma velha corda, que fica sobre um riacho perto de suas casas. Lá eles lutam contra o Mestre das Trevas e suas criaturas, além de conspirar contra as brincadeiras de mau gosto que são feitas na escola.
Trailer de Ponte para Terabítia (2007)
Por essa razão, o livro de Katherine Paterson, adaptado para o cinema por David Paterson (seu filho) e Jeff Stockwell, parece um vai-e-vem insuportável, apesar de fascinante. Ponte para Terabítia nos leva para duas margens bem distintas, porém, próximas. Infância e adolescência. Imaginação e realidade. O contraste, propositalmente desconfortável, funciona para nos lembrarmos a todo momento o quanto o primeiro é importante para impulsionar o outro. Porém, a sensibilidade do diretor (até então) estreante Gabor Csupo nos permite transitar por essa ponte com segurança, de forma que possamos (depois de nos acostumarmos) reconhecer seus símbolos e viajar, junto com o garoto Jess, até sua maturidade e nossa catarse plena.
Aproveito para destacar o trabalho impecável de Josh Hutcherson (que interpreta Jess). Hutcherson (que me lembra muito Fred Savage) é um jovem "veterano" de filmes como "ABC do Amor" e "Zathura". A forma como esse garoto se entrega a seu papel, ao lado da também talentosa AnnaSophia Robb, é fundamental para que possamos realmente "fechar os olhos e abrir a mente" para Ponte para Terabítia.
PONTE PARA TERABÍTIA
(Bridge to Terabithia)
Lançamento: 2007 (EUA)
Direção: Gabor Csupo
Elenco: Josh Hutcherson, AnnaSophia Robb, Zooey Deschanel, Robert Patrick, Bailee Madison, Kate Butler e Lauren Clinton
Gênero: Drama
SINOPSE:
Jess Aarons sente-se um estranho na escola e até mesmo em sua família. Durante todo o verão ele treinou para ser o garoto mais rápido da escola, mas seus planos são ameaçados por Leslie Burke, que vence uma corrida que deveria ser apenas para garotos. Logo Jess e Leslie tornam-se grandes amigos e, juntos, criam o reino secreto de Terabítia, um lugar mágico onde apenas é possível chegar se pendurando em uma velha corda, que fica sobre um riacho perto de suas casas. Lá eles lutam contra o Mestre das Trevas e suas criaturas, além de conspirar contra as brincadeiras de mau gosto que são feitas na escola.
Trailer de Ponte para Terabítia (2007)
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terça-feira, 11 de janeiro de 2011
UMA LOIRA EM MINHA VIDA
Let's do it. Let's fall in love.
Confesso que comecei a assistir Uma Loira em Minha Vida com um pouco de receio. Não gosto muito do trabalho de Alec Baldwin. Acho fake demais e, sinceramente, não mudei de opinião (ele também não me convenceu nesse filme). Kim Basinger, por outro lado, funciona bem em comédia. Mas nesse filme não traz nada de novo, exceto boas interpretações de grandes clássicos do jazz. Muito mal dirigidas, por sinal, visto que várias vezes Basinger se afasta do microfone e seu volume vocal continua perfeitamente audível! Aliás, é curioso a Disney ter botado Jerry Rees para dirigir esse filme. Basicamente sua experiência se resume a filmes de animação.
Com um tripé desses, o que restaria para tirar este filme do rol das comedinhas água-com-açúcar e colocá-lo numa lista de recomendados? O roteiro delicioso de Neil Simon!!! E olha que eu detesto roteiros em flashback que usam a narração para amarrar as cenas. Mas em Uma Loira em Minha Vida, a narração usa um dos amigos de Charley (personagem de Baldwin) como veículo para as "notas do autor". Os diálogos escritos por Simon e, sobretudo, seus comentários inteligentes são um verdadeiro tratado sobre o casamento e provam, através de dois pombinhos que se casam quatro vezes(!), que apenas amor não é suficiente para sustentar a união. Que texto brilhante!
UMA LOIRA EM MINHA VIDA
(The Marrying Man)
Lançamento: 1991 (EUA)
Direção: Jerry Rees
Elenco: Kim Basinger, Alec Baldwin, Armand Assante, Elisabeth Shue, Paul Reiser, Fisher Stevens, Peter Dobson, Steve Hytner e Robert Loggia
Gênero: Comédia
SINOPSE:
O milionário Charley Pearl tem tudo com o que poderia sonhar: charme, beleza, estilo e a noiva perfeita, filha do homem mais poderoso de Hollywood. Mas, prestes a subir ao altar, ele conhece a provocante cantora Vicki Anderson e descobre o significado de paixão à primeira vista. Descobre também que sua atração por Vicki será fonte de muitos problemas.
Trecho de Uma Loira em Minha Vida (1991)
Confesso que comecei a assistir Uma Loira em Minha Vida com um pouco de receio. Não gosto muito do trabalho de Alec Baldwin. Acho fake demais e, sinceramente, não mudei de opinião (ele também não me convenceu nesse filme). Kim Basinger, por outro lado, funciona bem em comédia. Mas nesse filme não traz nada de novo, exceto boas interpretações de grandes clássicos do jazz. Muito mal dirigidas, por sinal, visto que várias vezes Basinger se afasta do microfone e seu volume vocal continua perfeitamente audível! Aliás, é curioso a Disney ter botado Jerry Rees para dirigir esse filme. Basicamente sua experiência se resume a filmes de animação.
Com um tripé desses, o que restaria para tirar este filme do rol das comedinhas água-com-açúcar e colocá-lo numa lista de recomendados? O roteiro delicioso de Neil Simon!!! E olha que eu detesto roteiros em flashback que usam a narração para amarrar as cenas. Mas em Uma Loira em Minha Vida, a narração usa um dos amigos de Charley (personagem de Baldwin) como veículo para as "notas do autor". Os diálogos escritos por Simon e, sobretudo, seus comentários inteligentes são um verdadeiro tratado sobre o casamento e provam, através de dois pombinhos que se casam quatro vezes(!), que apenas amor não é suficiente para sustentar a união. Que texto brilhante!
UMA LOIRA EM MINHA VIDA
(The Marrying Man)
Lançamento: 1991 (EUA)
Direção: Jerry Rees
Elenco: Kim Basinger, Alec Baldwin, Armand Assante, Elisabeth Shue, Paul Reiser, Fisher Stevens, Peter Dobson, Steve Hytner e Robert Loggia
Gênero: Comédia
SINOPSE:
O milionário Charley Pearl tem tudo com o que poderia sonhar: charme, beleza, estilo e a noiva perfeita, filha do homem mais poderoso de Hollywood. Mas, prestes a subir ao altar, ele conhece a provocante cantora Vicki Anderson e descobre o significado de paixão à primeira vista. Descobre também que sua atração por Vicki será fonte de muitos problemas.
Trecho de Uma Loira em Minha Vida (1991)
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
O CORCUNDA DE NOTRE DAME II
Se as seqüências cinematográficas geralmente tendem a destruir seus originais, no mercado das animações isso pode ser pior e mais freqüente. Principalmente nas animações 2D da Disney. E a razão é uma só: dinheiro. Fazer (quase) o mesmo mas com custo e tempo infinitamente menores que os dispendiados na produção original. Com uma equipe "terceirizada" (desenhistas de filiais da Disney em outros países) e, muitas vezes, longe da batuta dos criadores originais, obviamente a qualidade cai. E isso é evidente em O Corcunda de Notre Dame II, lançado diretamente em vídeo (talvez para não chamar muito a atenção da mídia e/ou acelerar o retorno dos lucros de mais um "clássico Disney").
Eu já tinha achado o primeiro fraco, mas o segundo consegue superar nesse quesito. A qualidade dos gráficos é tão inferior em relação aos do desenho original, que a seqüência pode ser comparada às (muitas) falsificações lançadas por estúdios "concorrentes". O mesmo pode ser dito do roteiro preguiçoso com soluções previsíveis e fáceis demais, e também da trilha cafonérrima que em nada se assemelha às composições premiadíssimas de desenhos anteriores (e atuais também). É o padrão Disney indo parar no terreno do gosto duvidoso! Uma pena...
O CORCUNDA DE NOTRE DAME II
(The Hunchback of Notre Dame II)
Lançamento: 2002 (EUA)
Direção: Bradley Raymond
Elenco: Tom Hulce, Demi Moore, Kevin Kline, Jennifer Love Hewitt, Michael McKean, Haley Joel Osment, Jason Alexander, Jane Withers, Jim Cummings e Paul Kandel
Gênero: Animação
SINOPSE:
Quasimodo continua a tocar os sinos da Catedral de Notre Dame, em Paris, desta vez contando com a ajuda do pequeno Zefir, filho da cigana Esmeralda com Phoebus. Após a chegada de um circo na cidade, ele se apaixona pela assistente do dono do circo, que a obriga a enganar Quasimodo. Seu objetivo é roubar o sino mais famoso e valioso da Catedral.
Trailer de O Corcunda de Notre Dame II (2002)
Eu já tinha achado o primeiro fraco, mas o segundo consegue superar nesse quesito. A qualidade dos gráficos é tão inferior em relação aos do desenho original, que a seqüência pode ser comparada às (muitas) falsificações lançadas por estúdios "concorrentes". O mesmo pode ser dito do roteiro preguiçoso com soluções previsíveis e fáceis demais, e também da trilha cafonérrima que em nada se assemelha às composições premiadíssimas de desenhos anteriores (e atuais também). É o padrão Disney indo parar no terreno do gosto duvidoso! Uma pena...
O CORCUNDA DE NOTRE DAME II
(The Hunchback of Notre Dame II)
Lançamento: 2002 (EUA)
Direção: Bradley Raymond
Elenco: Tom Hulce, Demi Moore, Kevin Kline, Jennifer Love Hewitt, Michael McKean, Haley Joel Osment, Jason Alexander, Jane Withers, Jim Cummings e Paul Kandel
Gênero: Animação
SINOPSE:
Quasimodo continua a tocar os sinos da Catedral de Notre Dame, em Paris, desta vez contando com a ajuda do pequeno Zefir, filho da cigana Esmeralda com Phoebus. Após a chegada de um circo na cidade, ele se apaixona pela assistente do dono do circo, que a obriga a enganar Quasimodo. Seu objetivo é roubar o sino mais famoso e valioso da Catedral.
Trailer de O Corcunda de Notre Dame II (2002)
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Artista
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19:06
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